Coronavírus: tudo o que você precisa saber
Iniciada em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, a COVID-19 fez o mundo parar. Após a sua descoberta no ano passado, não demorou muito tempo para que o vírus se alastrasse por diversos países. Em poucos meses, o cenário vivido foi de extrema emergência.
“Quarentena” e “isolamento social” tornaram-se termos presentes na vida de muita gente. E não é para menos. A doença mostrou-se, desde o início, de muito fácil contágio. E o ponto de maior preocupação, não é apenas esse. O vírus oferece muito perigo ao chamado “grupo de risco”, que são pessoas com idade avançada e alguns problemas crônicos de saúde. Para este grupo, contrair a doença, pode ser letal.
Mas também existem diversos casos de pessoas que vieram a óbito que não faziam parte do grupo de risco, o que deixa todos intrigados! Estes são os principais fatores que o tornam muito perigoso.

Além disso, o vírus é transmitido através da fala, tosse, espirro ou por meio de superfícies contaminadas com essas secreções, o que torna o contágio muito facilitado. Sendo assim, cada pessoa contaminada pode contagiar, em média, outras 2,74 pessoas.
E, apesar de muito se falar sobre o novo Coronavírus, ainda existem diversas dúvidas a respeito desta doença. Por isso, preparamos um material com tudo o que você precisa saber a respeito da COVID-19.
O que você vai ver neste conteúdo:
Quais sintomas a pessoa contaminada pela COVID-19 pode apresentar?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas mais comuns do coronavírus são: febre, cansaço e tosse seca. Contudo, há pessoas que apresentam dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta e/ou diarreia.

Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade para respirar. Outras pessoas não desenvolvem sintoma nenhum. Pessoas idosas e com problemas de saúde, como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares, têm mais risco de desenvolver um quadro grave.
Quanto tempo demora para os sintomas aparecerem, após o contágio?
O período entre o dia do contato com o paciente doente e o início dos sintomas é, em média, de cinco dias para a COVID-19. Em raros casos, o período de incubação chegou a 14 dias.
Principais formas de prevenção contra a COVID-19.
Para evitar a doença, é preciso seguir algumas recomendações capazes de reduzir o contágio do novo Coronavírus. As medidas preventivas são:
- “Etiqueta respiratória”;
- Higienização das mãos, com água e sabão ou álcool gel a 70%;
- Uso obrigatório de máscaras quando sair de casa;
- Identificação e isolamento respiratório dos acometidos pela COVID-19;
- Isolamento e distanciamento social;
- Quando precisar comprar suprimentos básicos, dar preferência para delivery, seguida de rigorosa assepsia;
- Uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) pelos profissionais de saúde.

Qual o impacto da doença nas pessoas que as contrai?
Existem alguns cenários distintos nos indivíduos que são infectados pelo vírus. Confira abaixo:
- 80 a 85% dos casos são leves e não necessitam hospitalização, devendo permanecer em isolamento respiratório domiciliar;
- 15% necessitam internamento hospitalar fora da unidade de terapia intensiva (UTI);
- 5% precisam de suporte intensivo (UTI).

Os exames disponíveis para diagnosticar a COVID-19.

1- Testes sorológicos (Quimioluminescência e ELISA):
São exames realizados com amostras de sangue do paciente, em que são detectados anticorpos IgA, IgM e/ou IgG, produzidos a partir da exposição ao SARS-CoV-2. Esses exames são baseados em reações entre antígeno do teste com anticorpos do paciente, o que gera uma reação de luz ou de cor que é realizada em equipamentos. São testes mais sensíveis e específicos que o teste rápido.
Quando realizar estes exames?
Devem ser realizados pelo menos a partir de 9 dias do início dos sintomas, uma vez que a produção desses anticorpos começa alguns dias após o contato inicial com o Coronavírus. Podem ser utilizados para auxílio diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, desde que suas restrições sejam conhecidas e os resultados interpretados corretamente.

2- Teste rápido (Imunocromatográfico):
São exames realizados em dispositivos de uso profissional, manuais e de fácil execução que não necessitam de equipamentos laboratoriais, com resultados entre 15 e 30 minutos. A amostra coletada é o sangue, que é devidamente preparado e colocado no dispositivo, gerando uma cor a partir da reação entre o antígeno do teste e o anticorpo presente na amostra do paciente por resposta do organismo à infecção do SARS-CoV-2.
Os anticorpos IgM são indicativos de infecção recente e os anticorpos IgG são indicativos de infecção mais antiga ou memória imunológica. Os resultados devem ser interpretados no contexto da situação clínica do paciente.
Sensibilidade: IgM + IgG – 96,5% a partir de 7 dias do início dos sintomas, 78,79% com menos de sete dias.
Especificidade: IgM + IgG – 95%;

3- RT-PCR (reverse transcriptase – polymerase chain reaction):
O RT-PCR é considerado o padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19, ou seja, em caso positivo, pode ser utilizado como diagnóstico conclusivo de SARS-CoV-2.
Disponível no Pasteur, este teste detecta o material genético do vírus em amostra nasal e oral do paciente. É tido como padrão ouro no diagnóstico do coronavírus, uma vez que nas secreções dessas regiões encontram-se grandes quantidades do vírus ativo.
Deve ser coletado material, preferencialmente, entre o terceiro e o quinto dia do início dos sintomas (podendo se estender até o décimo dia), e apresenta resultado positivo quando a infecção ainda está ativa na pessoa. Após dez dias a quantidade de vírus pode diminuir, dificultando o diagnóstico.

4- Como são os resultados do exame? Pode dar falso positivo?
Todos os tipos de exames para diagnóstico do COVID-19 possuem limitações técnicas. A coleta do material fora da data ideal para cada tipo de teste é um fator muito importante para um possível resultado falso negativo, pois no caso do RT-PCR a quantidade de vírus pode ainda ser muito pequena para detecção pela metodologia, bem como os anticorpos ainda podem não estar sendo produzidos ou serem indetectáveis nos testes sorológicos e testes rápidos.
A coleta incorreta de secreção oral e nasal também pode ocasionar um resultado falso negativo para o teste de RT-PCR. A reatividade cruzada com anticorpos de outras doenças e altos títulos de fator reumatoide podem ocasionar resultados falso positivos nos testes sorológicos e nos testes rápidos.
5- Os procedimentos para a coleta da COVID-19
No Pasteur, a coleta do exame para detectar o coronavírus deve ser agendada pelo WhatsApp e é feita pelo sistema de Drive-Thru.
Para o teste rápido e para o teste de quimioluminescência é coletado sangue venoso (como é feito para a realização de exames de sangue de rotina), não sendo necessário jejum ou qualquer preparo específico. O teste rápido tem o resultado pronto no mesmo dia e a quimioluminescência em aproximadamente cinco dias.
O Teste RT-PCR é feito a partir da coleta de secreção oral e nasal, com a inserção de um swab no fundo da narina e no fundo da garganta. O resultado fica pronto em aproximadamente 5 dias.

Quem deve realizar o exame? Qual exame fazer?
• Pessoas sem sintomas nem contato com pessoas doentes – É importante salientar que todos podem realizar os exames para diagnóstico da COVID-19, contudo, o ideal é que o paciente tenha sintomas ou tenha tido contato com alguém que teve o exame positivo, uma vez que essas informações ajudam o médico a direcionar o exame ideal para cada caso.
• Pacientes com sintomas leves – Dependendo de quanto tempo iniciaram os sintomas, um tipo diferente de teste pode ser aplicado a critério médico. Importante reforçar que o isolamento social é essencial, mesmo antes de ter o resultado do exame em mãos.
• Indivíduos que entraram em contato com pessoas doentes, mas não apresentam sintomas – Dependendo de quantos dias foi esse contato, um tipo diferente de teste pode ser aplicado. Importante reforçar que o isolamento social é essencial, mesmo antes de ter o resultado do exame em mãos.
Em situações de dúvidas em relação ao resultado do exame, procure um médico. Apenas ele tem condições de interpretar o resultado do exame e correlaciona-lo com a clínica do paciente, sugerindo outros exames complementares a seu critério.
Em relação aos sintomas, se estiver com dúvidas, sempre busque a orientação de um médico. Essa atitude é imprescindível.
Por que o exame de COVID-19 é difícil de fazer e por que o exame não é barato?
Por ser uma doença nova, ainda existem poucos testes disponíveis no mercado e todos importados, dificultando nosso acesso a eles e encarecendo os mesmos. Há uma sistemática para regularização desses testes e aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para garantir que os testes sejam confiáveis e seguros para a população. Com isso há uma demora até que os testes disponíveis no mercado estejam aptos a serem comercializados e utilizados pelos laboratórios e hospitais brasileiros.
Para saber mais sobre valores do teste rápido para COVID-19, basta entrar em contato com a equipe do Pasteur. Você obterá as orientações sobre cada exame e as formas de pagamento.
Planejamento correto com os alimentos durante a quarentena:
• Faça o planejamento de qual será o cardápio das próximas semanas para dimensionar as compras e evitar várias idas ao mercado e outros centros de abastecimento;
• Não há previsão de tempo para o confinamento, mas ele pode se alongar. Usando o bom senso e, de acordo com a sua capacidade financeira, considere que as compras devem o abastecer mais do que nas condições normais. Mas não se desespere e evite o exagero;
• Avalie o tempo de durabilidade dos alimentos e crie estratégias para que eles durem mais. Alimentos como farinha, leite, sal, açúcar, óleo e alguns enlatados duram mais e são estocáveis. Compre carne, frango e peixe em porções, para usar gradualmente e congelar o restante. Use a técnica de “braqueamento” para aumentar a durabilidade de alimentos como legumes e verduras: coloque eles em água quente por alguns minutos e depois em água gelada; isso vai criar uma camada protetora nestes alimentos, sem perda de seus nutrientes.
• Compre frutas mais maduras para o uso nos próximos três ou quatro dias e frutas mais verdes para consumir a médio e longo prazo. Aquelas que você sabe que não vai consumir num primeiro momento, congele em pedaços ou batido no liquidificador com pouca água. A partir disso, você pode fazer mousse, sorvete, colocar em bolos, sempre pensando no consumo integral do alimento.

• Ao chegar com as compras em casa, separe uma mesa para colocar tudo o que vem da rua. Retirar os alimentos de suas embalagens originais, coloque frutas, verduras e legumes em potes fechados ou em sacos próprios para refrigerador. Alimentos com lataria e sacos que não podem ser retirados devem ser lavados. Depois, borrife-os com uma solução de hipoclorito ou uma diluição de água sanitária e guarde-os quando estiverem secos. Depois que a mesa for esvaziada, limpe-a com água e sabão e borrife álcool 70 ou uma solução de água sanitária e água e deixe secar.
• Pensar em substituição de alimentos, além de ampliar o horizonte diante de um cardápio muitas vezes monótono, pode ajudar neste período. Em vez, por exemplo, de ir à padaria todo dia para comprar pão francês, pode-se ter um café da manhã ou lanche com panqueca de aveia, crepioca, uma fatia de bolo e até com pão feito em casa, que pode envolver toda a família no preparo e pode ser congelado.
• O período é de ansiedade, mas evite o consumo descontrolado de tudo o que você comprou para as próximas semanas. Com o cardápio bem planejado, você pode separar porções para os dias, sem excesso de preparo e excesso de consumo.
• Evite comprar guloseimas, bolachas, biscoitos e chocolates. Opte por preparar em casa biscoitos de aveia ou de banana, bolos frescos e pães. Isso ajuda no consumo consciente.
• Dentro de um cardápio equilibrado, invista na sua imunidade consumindo alimentos que ricos em vitamina C. Meio copo de suco de laranja bahia com 100 ml, por exemplo, contém 94 mg de vitamina c, suficientes para atender a recomendação para homens e mulheres. Alimentos como tomate, cheiro verde, caju e goiaba podem entrar na rotina alimentar e que vão manter a imunidade.
• Dê preferência ao preparo da comida em casa. Existem riscos ao se pedir a comida fora, sem saber como ela está sendo preparada.
• Faça todas as refeições diárias – café da manhã, almoço e jantar – e de forma equilibrada e com horários regulares, garantindo um funcionamento intestinal diário saudável.
• É importante que você se sente à mesa para comer. Se você está sozinho, coloque um bom prato na mesa, uma toalha bonita e sente. Se você está em família, que seja um momento em que celulares e televisão estejam desligados e vocês possam confraternizar em volta da mesa. Aproveite estes momentos para fazer um café da tarde com um piquenique no chão da sala. Reúna a família no preparo da alimentação, do planejamento à execução.
• Hidrate-se. O consumo de água adequado para um adulto é de 30ml por kg, que podem ser divididos ao longo do dia. Você também pode beber chá sem adoçar.
• Chás de erva cidreira (Melissa, capim santo), maracujá e camomila podem aliviar a ansiedade e contribuir para uma noite de sono mais tranquila. Tome uma xícara antes de se deitar e não faça, também, uma última refeição com alimentos que demorem a serem digeridos.
• Ter em casa alimentos saudáveis para consumir ao longo do dia, como frutas picadas, um punhado de amendoim sem sal ou frutas secas ajuda a manter o equilíbrio e reduz o descontrole diante do estresse e ansiedade, quando se desconta tudo na alimentação.
Prepare-se corretamente para o momento de distanciamento social.
Este período é muito importante. Afinal, quanto mais as pessoas respeitarem as recomendações, menor será a curva de contágio da COVID-19. Então, preparamos alguma dicas para que você possa se planejar para a compra de alimentos de um longo período.

Cuidados ao chegar em casa
Sempre que chegar da rua, deixe os sapatos do lado de fora da casa e depois limpe com um pano com água sanitária e água. Separe uma mesa para colocar tudo o que trouxe da rua (comida, medicamentos, chaves, etc). Lembre-se de retirar os alimentos de suas embalagens originais e limpá-los com um pano molhado com uma solução feita com 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária.
Frutas, verduras e legumes devem ser deixados de molho por 15 minutos neste mesmo tipo de solução. Depois que a mesa for esvaziada, limpe-a com água e sabão. As sacolas em que vieram as compras também devem ser higienizadas. As maçanetas da casa devem ser limpas constantemente, especialmente depois que alguém chegar da rua.

Preciso sair para trabalhar. O que devo fazer?
Se precisar sair para trabalhar, evite usar transporte público. Caso não tenha outro meio de locomoção, tente manter distância de outras pessoas, leve outra roupa e troque quando chegar ao trabalho (se possível, deixe a roupa que usou no ônibus, tomando sol, se a empresa tiver área para isso).
Também é importante levar mais de uma máscara para trocar durante o dia. Deixe a máscara usada dentro de um saco plástico para não contaminar nada. Na hora do almoço na empresa, sente o mais distante possível dos outros profissionais. Higienize a mesa e a cadeira com álcool após terminar. Quando voltar para casa, tire a roupa e os sapatos antes de entrar, vá diretamente para o banho e coloque roupas e sapatos limpos.

O que devo fazer quando alguém está contaminado?
Quando alguém estiver contaminado ou com suspeita de contaminação, os cuidados devem ser extremos. A pessoa e a família devem permanecer isolados totalmente. Para comprar comidas e medicamentos necessários, a pessoa precisará pedir auxílio de amigos e familiares. Após a compra dos suprimentos, devem ser deixados do lado de fora da casa, evitando o contato entre as pessoas.
Durante 14 dias essa família deve ser mantida em casa, sem qualquer contato com qualquer pessoa de fora. A pessoa diagnosticada deve ficar isolada em um quarto longe de todos. Roupas de cama e utensílios de cozinha devem ser deixados do lado de fora do quarto e lavados separadamente, e o banheiro utilizado pela pessoa contaminada deve ser higienizado sempre que utilizado.
